Quais são os erros comuns que as pessoas cometem ao fazer exercícios de Kegel?
Exercícios de Kegel são uma maneira simples, porém eficaz, de fortalecer os músculos do assoalho pélvico, mas sua eficácia depende fortemente da técnica adequada. Infelizmente, muitas pessoas cometem erros que dificultam o progresso, desperdiçam esforço ou até causam desconforto. Se você é novo nos exercícios de Kegel ou já pratica há algum tempo, evitar esses erros comuns é fundamental para maximizar os resultados. Desde o engajamento incorreto dos músculos até exagerar nas repetições, compreender esses erros pode ajudar a aprimorar sua rotina e garantir que os exercícios de Kegel tragam os benefícios desejados.
Erro 1: Contrair os Músculos Errados
Um dos erros mais comuns no Exercícios de Kegel não está isolando os músculos do assoalho pélvico, em vez disso está ativando músculos próximos, como os do abdômen, coxas ou glúteos. Isso é especialmente comum em iniciantes, que ainda podem não reconhecer a sensação da contração do assoalho pélvico.
Por exemplo, algumas pessoas contraem os músculos abdominais ou prendem a respiração ao tentar realizar exercícios de Kegel, o que desvia o foco do assoalho pélvico. Outras apertam os músculos das coxas ou contraem os glúteos, achando que esses movimentos fazem parte do exercício. Embora esses músculos estejam na mesma região geral, eles não sustentam os órgãos pélvicos nem melhoram o controle da bexiga — o que significa que o esforço é em vão.
Para evitar isso, pratique primeiro identificar os músculos do assoalho pélvico. Para homens e mulheres, parar o fluxo de urina no meio (um teste temporário, não um exercício regular) pode ajudar a localizar os músculos corretos — essa contração é a base dos exercícios de Kegel. Uma vez identificados, concentre-se em ativar apenas esses músculos durante a prática, mantendo o abdômen, coxas e glúteos relaxados. Com o tempo, essa isolação torna-se mais fácil, garantindo que os exercícios de Kegel atinjam a área correta.
Erro 2: Tempo incorreto de contrações e relaxamentos
Os exercícios de Kegel exigem um equilíbrio entre contração e relaxamento, mas muitas pessoas fazem os movimentos rapidamente ou mantêm as contrações por muito tempo, reduzindo sua eficácia.
Algumas pessoas contraem os músculos do assoalho pélvico por apenas 1–2 segundos antes de soltar, o que não é suficiente para estimular os músculos. Outras mantêm a contração por 30 segundos ou mais, causando fadiga muscular ou esforço excessivo. A duração ideal para os exercícios de Kegel é de 3–5 segundos de contração, seguidos por um período igual ou maior de relaxamento (5–10 segundos). Isso permite que os músculos se ativem plenamente e se recuperem, promovendo força e resistência.
Outro erro relacionado ao tempo é ignorar totalmente a fase de relaxamento. Passar rapidamente para a próxima contração sem liberar completamente a tensão pode fazer com que os músculos do assoalho pélvico fiquem muito tensos ou sobrecarregados, causando desconforto ou até mesmo dor durante atividades diárias, como sentar ou caminhar. O relaxamento adequado é tão importante quanto a contração nos exercícios de Kegel, pois garante que os músculos possam se redefinir e executar repetições subsequentes de maneira eficaz.
Erro 3: Inconsistência ou exagero
A consistência é fundamental para os exercícios de Kegel, mas tanto a prática esporádica quanto o excesso de treino podem atrapalhar o progresso.
Muitas pessoas começam os exercícios de Kegel com entusiasmo, mas perdem motivação rapidamente, praticando apenas algumas vezes por semana ou pulando sessões inteiramente. Assim como qualquer grupo muscular, o assoalho pélvico precisa de estímulo regular para ficar mais forte — 3 a 4 séries de 10 a 15 repetições, 5 dias por semana, é a frequência recomendada. A prática irregular resulta em progressos lentos ou inexistentes, deixando as pessoas frustradas e propensas a abandonar a rotina.
Por outro lado, exagerar nos exercícios de Kegel pode ser contraproducente. Algumas pessoas realizam centenas de repetições diariamente, acreditando que mais é melhor, mas isso pode causar fadiga muscular, dor ou espasmos. Os músculos do assoalho pélvico precisam de tempo para se recuperar entre as sessões, assim como qualquer outro músculo. O excesso de treino também pode levar ao fortalecimento excessivo dos músculos do assoalho pélvico, o que pode causar urgência urinária, dor durante a relação sexual ou dificuldade para esvaziar a bexiga — sintomas opostos aos que os exercícios de Kegel visam corrigir.
Erro 4: Ignorar a Respiração Adequada
A respiração frequentemente é ignorada nos exercícios de Kegel, mas segurar a respiração durante as contrações pode prejudicar os resultados e aumentar a tensão em outras áreas.
Muitas pessoas, instintivamente, prendem a respiração ao contrair o assoalho pélvico, o que aumenta a pressão intra-abdominal e desvia o foco para os músculos do core em vez do assoalho pélvico. Isso não apenas reduz a eficácia dos exercícios de Kegel, como também pode sobrecarregar a parte inferior das costas ou causar tontura.
O método correto é manter uma respiração normal durante os exercícios de Kegel: inspire profundamente para se preparar, expire enquanto contrai os músculos do assoalho pélvico e continue respirando normalmente enquanto mantém a contração. Expirar durante a contração ajuda a relaxar o abdômen, permitindo que o assoalho pélvico se ative mais completamente. Praticar esse padrão respiratório garante que os exercícios de Kegel sejam eficientes e confortáveis.
Erro 5: Utilizar Resistência ou Ferramentas Incorretas
Embora ferramentas como pesos vaginais ou dispositivos de biofeedback possam potencializar os exercícios de Kegel, utilizá-las incorretamente ou precocemente é um erro comum.
Alguns iniciantes pulam para o uso de dispositivos com peso antes de dominar as contrações básicas, o que pode levar a uma má forma. Por exemplo, inserir um peso vaginal sem controle muscular adequado pode fazer com que o dispositivo escorregue, exigindo o uso de outros músculos (como os das coxas) para mantê-lo no lugar, o que anula o propósito dos exercícios de Kegel. Essas ferramentas devem ser introduzidas gradualmente, uma vez que as contrações básicas sejam consistentes e controladas.
Outras pessoas dependem excessivamente de ferramentas, negligenciando a capacidade natural do corpo de ativar o assoalho pélvico. Embora máquinas de biofeedback ou aplicativos possam ajudar a aprimorar a técnica, eles não devem substituir a capacidade de realizar exercícios de Kegel de forma independente. A dependência excessiva de ferramentas pode prejudicar o progresso quando elas não estiverem disponíveis, como durante viagens ou dias agitados.
Erro 6: Negligenciar o relaxamento completo entre as repetições
Exercícios de Kegel eficazes exigem tanto contrações fortes quanto relaxamento completo. Não liberar totalmente os músculos do assoalho pélvico entre repetições é um erro que limita o crescimento muscular.
Quando o assoalho pélvico permanece parcialmente contraído, ele não tem a chance de descansar e se recuperar, levando à fadiga. Com o tempo, isso pode causar tensão muscular, o que pode se manifestar como dor pélvica, dificuldade para urinar ou desconforto durante a relação sexual. Por exemplo, alguém que contraia repetidamente sem relaxar pode desenvolver um assoalho pélvico 'travado', tornando os exercícios de Kegel contraproducentes.
Para evitar isso, concentre-se em liberar totalmente os músculos após cada contração — imagine o assoalho pélvico amolecendo e descendo enquanto você expira. Esta fase de relaxamento é essencial para desenvolver resistência, pois permite que os músculos se preparem para a próxima repetição com força total.
Erro 7: Fazer exercícios de Kegel na hora errada
O momento é fundamental nos exercícios de Kegel, e praticá-los durante atividades que esforcem o assoalho pélvico pode reduzir a eficácia ou causar danos.
Por exemplo, fazer exercícios de Kegel enquanto urina regularmente (além do teste inicial para identificação muscular) pode interromper o fluxo natural da urina, possivelmente levando à retenção incompleta da bexiga ou infecções do trato urinário. O teste da urina no meio da micção é uma ferramenta única para localizar os músculos, e não parte regular dos exercícios de Kegel.
Outro erro quanto ao timing é praticar exercícios de Kegel durante atividades físicas intensas, como levantamento de peso ou corrida, que já exercem pressão sobre o assoalho pélvico. Combinar essas atividades com contrações de Kegel pode sobrecarregar os músculos, aumentando o risco de lesões. Em vez disso, realize os exercícios de Kegel em momentos calmos, sentado ou deitado, quando o corpo estiver relaxado e concentrado.
Perguntas Frequentes: Erros nos Exercícios de Kegel
Como saber se estou contraindo os músculos corretos durante os exercícios de Kegel?
Um teste rápido é parar o fluxo de urina no meio — se você conseguir fazer isso, está ativando o assoalho pélvico. Para a prática diária, coloque uma mão sobre o abdômen enquanto faz exercícios de Kegel; se o estômago ficar tenso, você está usando os músculos errados. Ferramentas de biofeedback ou trabalhar com um fisioterapeuta especializado no assoalho pélvico também podem confirmar se você está realizando o exercício corretamente.
É possível fazer muitos exercícios de Kegel em um único dia?
Sim. Fazer mais de 3–4 séries de 15 repetições por dia pode levar à fadiga muscular ou tensão. Escute seu corpo — se sentir dor ou desconforto na região pélvica, reduza o número de repetições e concentre-se na forma correta em vez da quantidade.
Homens podem cometer erros diferentes em exercícios de Kegel do que mulheres?
Embora muitos erros sejam universais, os homens frequentemente têm dificuldade em exagerar no uso da próstata ou dos músculos retais em vez de isolar o assoalho pélvico. Por exemplo, alguns homens contraem os músculos retais (sentindo uma sensação de "puxão") em vez de focar na área entre o escroto e o ânus. Utilizar o teste do fluxo urinário ou trabalhar com um terapeuta pode ajudar a corrigir isso.
O que devo fazer se achar que estou fazendo exercícios de Kegel incorretamente?
Comece reaprendendo o básico: identifique os músculos do assoalho pélvico usando o teste da urina, pratique contrair e relaxar lentamente, e concentre-se na respiração. Se os problemas persistirem, consulte um fisioterapeuta especializado no assoalho pélvico, que poderá usar biofeedback ou técnicas manuais para corrigir a forma. Nunca é tarde demais para ajustar – mesmo pequenas mudanças podem melhorar os resultados.
Existem erros que podem causar danos de longo prazo?
Erros graves e prolongados (por exemplo, contrações excessivas crônicas ou uso de resistência exagerada) podem levar a disfunções do assoalho pélvico, como tensão muscular ou irritação nervosa. No entanto, a maioria dos erros causa apenas retrocessos temporários. Se você sentir dor persistente ou alterações na função da bexiga/intestino, interrompa os exercícios de Kegel e consulte um profissional de saúde.
Sumário
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Quais são os erros comuns que as pessoas cometem ao fazer exercícios de Kegel?
- Erro 1: Contrair os Músculos Errados
- Erro 2: Tempo incorreto de contrações e relaxamentos
- Erro 3: Inconsistência ou exagero
- Erro 4: Ignorar a Respiração Adequada
- Erro 5: Utilizar Resistência ou Ferramentas Incorretas
- Erro 6: Negligenciar o relaxamento completo entre as repetições
- Erro 7: Fazer exercícios de Kegel na hora errada
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Perguntas Frequentes: Erros nos Exercícios de Kegel
- Como saber se estou contraindo os músculos corretos durante os exercícios de Kegel?
- É possível fazer muitos exercícios de Kegel em um único dia?
- Homens podem cometer erros diferentes em exercícios de Kegel do que mulheres?
- O que devo fazer se achar que estou fazendo exercícios de Kegel incorretamente?
- Existem erros que podem causar danos de longo prazo?